quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Amigos do Grupo Escolar



A década de 50, dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek que fomentaram o processo de industrialização nacional. Da vitória do Brasil que ganhou a Copa do Mundo de futebol, em 1958. A década da esperança, da industrialização, do rádio, da televisão e da velocidade. Mas, o símbolo maior deste processo de modernização foi a construção de Brasília, inaugurada em 1960, o ano que fui estudar o ginásio em São Luís.

Em Itapecuru, uma junta governativa assume, no lugar de João Rodrigues, que só consegue tomar posse em 1952 e Sinéas de Castro Santos que o sucedeu, de 1956 a 1961. Em
nossa cidade, o marco mais importante da década de 50, foi a construção da ponte sobre o rio Itapecuru.

 Em 1950, enquanto o mundo era reconstruído, após a Segunda Guerra mundial, meus pais, seguindo a tendência daquela época do êxodo rural no Brasil, mudaram-se da Mata para a cidade. Eu que nascera em 1944, estava com apenas seis anos. As dificuldades que atingiram o mundo, o Brasil e o Maranhão, chegaram até a minha família e fizeram que o casal tomasse a decisão de mudar-se. Meu pai, dono de engenho e minha mãe dona de casa, com sete filhos, numa região que não havia escola, queriam muito vê-los estudando.

Foi um recomeço difícil. Com a mudança, construção da nova casa e o nascimento do oitavo filho, o sonho do casal de colocar os filhos na escola só se concretizou em 1955, depois de conseguir registrá-los.  As cinco filhas, mais velhas, já alfabetizadas, estudaram na escolinha que ficava perto da estação do trem, com a professora Maria de Lourdes Matos.

Mesmo assim, não havia clima de desânimo. Meu pai, Euzébio Alberto da Silva, trabalhava no engenho com meu irmão mais velho e minha mãe, Rosenda Matos da Silva, cuidava dos filhos. Os mais velhos ajudavam com os menores. Não faltávamos às festas religiosas, começando com a de São Benedito, dia 1º de janeiro, Divino Espírito Santo, da Santa Cruz, de Nossa Senhora das Dores e a Semana Santa, não exatamente nesta ordem. Minha mãe que também costurava, caprichava no figurino da filharada.

 Cursei o primário no Grupo escolar Gomes de Sousa, entre 1955 e 1959, do primeiro ao quinto ano. As colegas do quarto e quinto anos, eu já com catorze e quinze de idade, eram várias. Entretanto, tínhamos um pequeno grupo que se reunia para estudar. Cada vez em casa de um. Outras vezes íamos para a casa de Dona Santinha (Anozilda) ensaiar os números das festas cívicas. Do grupo lembro-me de Sônia e Oswaldo Camelo, Francisca e Conceição Bezerra.  Eu era mais próxima a Francisca Bezerra (Chiquita), razão pela qual estou escrevendo este artigo, a pedido do neto dela, Breno Bezerra que, ao me ouvir falar das nossas peripécias de adolescentes, nas quais estavam incluídos o Sr. Carlos Bezerra e Dona Cotinha.

No primário tínhamos homenagens cívicas todos os dias, antes das aulas. A cada dia uma série era encarregada de fazer a apresentação, com textos lidos de acordo com a efeméride.
Lembro-me das professoras de cada turma: No primeiro ano, D. Santinha, no segundo, D. Maria do Rosário, no terceiro, D. Maria de Lourdes e D. Conceição, no quarto e quinto, D. Francisca, irmã da professora, Maria de Lourdes.

Os ensaios das atividades cívicas eram feitos em casa da diretora, Anozilda (Santinha), aonde a maioria das professoras que vinham de fora se hospedavam. Numa mesa enorme, com dois longos bancos, sentávamos para ensaiarmos nossos números: Uns cantavam, outros recitavam textos e o grupo cantava várias músicas em coro. Até hoje sou apaixonada pela poesia de Casemiro de Abreu, “Meus oito anos” que sempre era cantada nas comemorações. As festas das mães até hoje me emocionam, quando ouço as músicas que aprendi no primário e cantava para minha mãe.
D. Santinha morava pertinho da casa do alfaiate e músico, Carlos Bezerra. Quando terminavam os ensaios, Francisca me convidava para irmos a sua casa. Lembro-me de suas irmãs mais velhas: Conceição, Maria e Malvina.

Dona Cotinha e o Sr. Carlos eram muito simpáticos. Entrávamos pela porta da varanda, ao lado direito da frente da casa, onde o Sr. Carlos tinha algumas mesas forradas para o jogo de cartas. Eu deixava minha bolsa com material escolar sobre uma delas e enfiava-me pela casa, junto com Francisca e Conceição.

 Em casa dos Bezerra tinham algumas novidades que me encantavam: água puxada com uma bomba manual (quebra-galho) armazenada em toneis, dentro e fora do banheiro, que ficava no anexo a casa. Eu achava o máximo. Tão diferente dos nossos banhos no Rio Itapecuru. Eu achava divertido acionar a bomba para cima e para baixo e ver a água jorrar.

Eu tinha verdadeira atração pelo fogão a lenha, também no anexo a casa, em direção à outra porta de entrada, ao lado esquerdo da frente. D. Cotinha cozinhando, as labaredas altas, quase cobrindo as panelas e o cheirinho gostoso de café que nos servia com bolos e doces feitos por ela.

Eu costumava me espelhar em frente à alta penteadeira ao canto direito da sala, me via de corpo inteiro e como toda adolescente, me virava de um lado para o outro me admirando de todos os ângulos. Um dia, estava eu nesta atitude narcisista quando o cunhado de Francisca, marido de Maria, entrou na sala e disse que soubera do nosso banho de rio e que as meninas disseram que eu tinha um corpo muito bonito. Fiquei encabulada e Francisca disse-me que comentara sobre nosso banho no Rio Itapecuru, após o trabalho escolar e de apanhar verdura na grande horta da minha mãe para que todos levassem de presente.

Ao final de 1959, terminamos o quinto ano. Tivemos festa de formatura, meu paraninfo foi Benedito Nascimento, esposo de Adélia, prima de minha mãe. Antes do exame de admissão, no Colégio São Luís, fiz aulas de reforço com o professor, João Rodrigues, no Grupo escolar “Gomes de Sousa”, em horário especial.

Francisca e Eu fomos estudar o ginásio em São Luís. Acabamos nos perdendo de vista; encontramo-nos duas ou três vezes nas férias. Em 1962, me casei e fiquei em São Luís. Depois, mudamos para São Paulo e mais tarde para Santa Catarina. Ao voltar a Itapecuru, dez anos mais tarde, procurei Francisca e matamos as saudades, num longo papo. A Chiquita escrevia belas poesias. Fico curiosa de saber se chegou a publicá-las.

A menininha que saiu da Mata, do engenho do pai aos seis anos, em 1950, em maio completará 72 de muito trabalho, estudo, e militância literária. Com textos publicados no Brasil, Portugal, Espanha e França. Tudo, graças àquela iniciativa dos pais de se mudarem para que os filhos tivessem oportunidade de estudar.
 
Agradeço ao confrade Breno Bezerra pela curiosidade de conhecer alguns detalhes da minha convivência com seus familiares.

Praia do Anil, Magé – RJ, 28 de fevereiro de 2016
Benedita Azevedo


Antologia olimpoema - APPERJ



Grécia Antiga, Século oito antes de Cristo
Hércules, filho de Zeus tinha previsto
em Olímpia, homenagear seu pai.
Após tarefas perigosas, em decreto,
foi tantas vitórias contra o desafeto,
que  para Zeus cria competições e sai!

Cria os primeiros jogos em Olímpia
repetidos a cada quatro anos, e ria
de Eristeu e Hera com suas ilusões.
A olimpíada dura quinhentos anos
até que a Grécia cai nas mãos dos romanos
que acabam com os jogos e as tradições.

 Retomadas na Era Moderna, em Atenas,
 parecendo ainda muito pequenas
 com participação de treze países.
 Por Pierre de Fredy, o barão francês,
 em mil oitocentos e noventa e seis.
 Com nove modalidades assim me dizes!
    
O Rio atravessa momentos críticos
por descuido e ganância de seus políticos.
Mas, agora que a coisa já está feita...
Vamos, pois, premiar  nossos atletas
e à beleza desta  terra brasileira...
Com medalhas, amor, ramos de oliveira! 
  
 Praia do Anil, 17/10/2016


 Benedita Azevedo

Epigrama




Minha alma voa saudosa
Sobre o mar e a campina.
Meu Rio Itapecuru
Preenche a minha retina.
Lá no horizonte distante
Nas lembranças da menina.

Outobro de 2016
Benedita Azevedo

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Senhor!


Pai maior deste universo
com humildade eu lhe peço
Protege todos os pais!
Faça qualquer coração
mesmo  os que longe estão
pensar como é que se faz!
-
Que amor e pão nunca falte
e a todos sempre exalte
dê segurança  estudo.
Mas, também, pai abençoa,
Dá a esta gente tão boa
discernimento de tudo!
-
Praia do Anil, 14/08/2016
Benedita Azevedo









sábado, 13 de agosto de 2016

Minha terra

Por do sol da minha terra
que tanta beleza encerra
faz vibrar meu coração.
Esta saudade que atrai
meu pensamento que vai
voando pro Maranhão!
-
Benedita Azevedo

Salve o dia das artes!



Arteira passa pra casa
da minha mãe eu ouvia
quando nadava no rio.
Com medo dela eu fugia
e subia na mangueira
em rápida acrobacia.

Foi com a minha professora
somente com doze anos
que aprendi a bordar.
Bordava todos os panos
que chegavam à minha mão
difícil é lidar co’enganos.

Gosto de todas as artes,
mas, a que me tira o sono
é mesmos escrever histórias.
Verão, inverno ou outono
são temas sempre lembrados
mas, qualquer arte eu abono.

Hoje no dia das artes
a meus confrades, confreiras
posso tirar o chapéu.
Pois nas artes brasileiras
Na ACLAM,  APALA e as demais,
há muito arteiro e arteiras!
-
Praia do Anil, 12/09/2016
Benedita Azevedo













Olimpoema


Os jogos olímpicos representam
superação de grandes obstáculos.
Hércules luta contra os que inventam
Sacrifícios tal se fora espetáculos.
Livra-se de Hera e do primo Eristeu
E aquela grande ideia lhe ocorreu.
Fazer em Olímpia homenagem ao pai
Competições no santuário de Zeus
Para amenizar sofrimentos seus
Pois o remorso o consome e então cai.
-
Mas, tem a glórias de deixar o exemplo
De preservação do corpo e  da mente
Como se fora belo e sagrado templo.
Sem drogas contaminando a gente,
Impedindo que vejamos as glórias
da riqueza  nas luzes das vitórias.
Que após a olimpíada fique ainda,
A harmonia em  tanta diversidade
de raças,  gênero e também de idade,
De toda beleza desta festa linda!
-
Querida Cidade Maravilhosa
Que teu povo acorde e te veja assim
Pela  natureza  já és ditosa
Não só ao som de pandeiro e bandolim...
Mas, a terra de um povo alegre e ordeiro,
Que trabalha durante o ano inteiro
E da família quer cuidar sem  medo.
Só precisa dirigentes mais honestos
que não deixem resultados tão funestos
como todos sabemos, sem segredo!
-
Praia do Anil, RJ, 09/08/2016

Benedita Azevedo

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Cidade Maravilhosa

Cidade Maravilhosa
Sempre foste tão ditosa,
És hoje espelho do mundo.
Mostra que és hospitaleira,
Que esta gente brasileira
Tem-te  um amor profundo.

Confesso que tenho medo
Mas vou contar um segredo
Eu amo muito esta terra.
Aqui nasceram meus netos
Por isso não tenho vetos
Vejo ao longe a tua serra.

Faz tempo que aqui  cheguei
No mesmo ano eu encontrei
O amor, pertinho da Glória.
Corri atrás de trabalho
Provei o quanto eu valho
E consegui a vitória.

Tenho aqui muitos amigos
Alguns já quase antigos
Pois trinta anos fará,
Que naquela  quarta-feira
Em pé por trás da cadeira
Só bebendo guaraná...

Um carioca tão lindo
Que veio pra mim sorrindo
Convidou-me pra dançar.
Daquele dia em diante
Foi pra mim um diamante
Que precisei lapidar.

Não é que fosse grosseiro
Mais ao lidar com dinheiro
Só sabia ele gastar.
Nós dois juntos aprendemos
E até hoje cá vivemos
Trinta anos vai completar.

Ó Rio que tanto amo
Quero saber então como
Não poderia te amar.
Tenho aqui minha família
Estarei sempre em vigília
Para o amor e paz buscar.
-
Praia do Anil, Magé-RJ
27/07/2016
Benedita Azevedo







domingo, 31 de julho de 2016

Força Positiva


Meu DEUS, creio na força positiva
que irradias sobre mim e meus filhos.
Creio também que esta força que recebo de ti
dar-me-á forças multiplicadas que atingirão a todos,
que de alguma maneira estejam ligados a mim.
Quero ser o elo de energia entre
todos que me rodeiam e o sucesso.

Todos aqueles que se deixarem contagiar com
esse entusiasmo que me transmites.
Quero dar exemplo de trabalho
para que nunca se queixem de pobreza,
pois através dele poderemos conquistar
autonomia, independência financeira e psicológica.

Não precisa ter grande sabedoria,
apenas uma boa dose de coragem
para adquirir alguma habilidade,
mesmo bem simples, tais como: costurar,
bordar, fazer crochê, tricô, cozinhar,
pescar, construir, plantar, escrever, cantar
e tantas outras que estejam de acordo
com a competência de cada um.

Juntando alguma habilidade com
entusiasmo e um objetivo a atingir,
qualquer pessoa poderá ser um vencedor.
Precisamos tirar proveito da crise
e aprender a andar com as próprias pernas.

Não adianta malhar o governo ou quem quer que seja
e ficar de braços cruzados.                           
Faça a sua parte, a sua independência como pessoa,
como sujeito da sua própria história.
Não deixemos que os desígnios de nossa vida
sejam ditados por outrem.

Pegue a sua habilidade, aquela de que mais gostar,
que o realize, e seja dono da sua vontade
e único responsável pelo seu sucesso ou fracasso.
Não transfira para os outros
o direito e o  dever de torna - lo feliz.
                                                                
Todos nós temos essa capacidade
é só querer de verdade.                                                                      
Às vezes precisamos dar um passo atrás
para impulsionar uma ideia, um projeto,
mas,  nunca capitular diante da intransigência.

Rio de Janeiro, 04/05/89


(No período de 1987/90, ao vir para o Rio de Janeiro, tive de desempenhar várias atividades, até retornar à sala de aula. Nesta data acordei no meio da noite e escrevi este texto)

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Dia 25/07 dia do escritor



Saudações
a todos escritores de língua portuguesa,
especialmente, a meus amigos e participantes
das instituições a que pertenço.
-
Benedita Azaevedo


terça-feira, 26 de julho de 2016

3º Encontro musical de Itapecuru


Ao ler este anúncio lembro
Da festa de cinquenta e oito
Lá na casa de Ciló.
Meu coração muito afoito
Lá no meio do salão
Irmãs e cunhado irmão
Não tinha ainda dezoito.

A banda dos Araújos
Era só animação
O cordão de carnaval
Formou-se em meio ao salão
Ali toda a sociedade
Prefeito e comunidade
Gritavam pela nação.

O Brasil é campeão!
Homens, mulheres, crianças
Num só grito ali pulavam,
E hoje as minhas lembraças
Ao ler esta propaganda
Fez-me ouvir aquela banda
Uma das minhas heranças.

Pois na longa caminhada
Depois dos meus quinze anos
Por este país afora,
Heranças e desenganos
Sempre voltam, e a saudade
É maior, daquela idade,
Quando lembro dos meus manos.

Mas também daquelas bandas
De música e os dobrados
Que seguiam procissões
E os andores carregados.
O terceiro festival
Lembra-me o “regional”
Daqueles tempos passados.

Minha querida cidade
Itapecuru - Mirim.
Daquela jovem idade
sinto saudades de mim!

Benedita Azevedo
Rio, 20/07/2014

sábado, 23 de julho de 2016

Itapecuru, minha terra

Benedita Azevedo

Minha terra mais querida
fica lá no Maranhão.
Andei tanto nesta vida,
mas, lá está meu coração.

Quando meus olhos abri
debaixo do palmeiral,
meus pais andavam ali
no meio do arrozal.

O cheiro de peixe assado
no braseiro da cozinha,
hoje me leva ao passado
e lembra  minha mãezinha.

Com tantos filhos à mesa
boquinhas para comer,
caprichava a sobremesa
com sucos para beber.

Mais tarde já na escola
despertei para a leitura.
Carregava na sacola
os livros de aventura.

Mas, também a poesia
tomava meu pensamento.
“Meus oito anos”  já trazia
de Casimiro meu alento.

Com Iracema de exemplo
ficava eu a sonhar.
Nos braços de seu Martin
que veio de além mar.

Mas, também, eu e Cecy
tínhamos nosso herói.
Sonhávamos com Peri
que só maldades destrói.

De Romeu e Julieta
achava um desperdício,
deixarem que os capetas
tirassem  suas vidas no início.

Os livrinhos de cordel
falando de Lampião,
rimavam com bacharel
sonho do pai pra meu irmão.

Meu Rio Itapecuru
companheiro, confidente
e a palmeira babaçu
pra mim pareciam gente.

Ao murmurar do banzeiro
meu rio falava comigo.
Co’o sabiá o dia inteiro
palmeiras  ouvem o amigo.

De meus pais e meus irmãos
uma  saudosa alegria.
Da minha avó e meus tios
lembrança que acaricia.

Lá do meu grupo escolar
de colegas professores,
como extensão do meu lar
descobri novos  valores.

Meu coração inocente
ao deixar a minha terra,
era de uma adolescente
querendo subir a serra.

E vislumbrar lá do alto
e sob a luz do saber,
sua terra dá um salto
dá cultura pra beber.

Através da  academia
vai se descobrindo a glória
que de longe existia.
Só precisa que a história...

Abra as asas para o estudo
não somente do passado,
mas das manifestações
pelo presente abraçado.
Estimulando os confrades
a mostrar capacidades
 lá deixando seu legado.

Praia do Anil, 24/07/2016 à 01:04
Benedita Azevedo



Eterna liberdade

Eterna Liberdade

Sou livre tal qual o vento
Que sibila na pastagem
Tal queda de cachoeira
Ou trepadeira ramagem;
Tal o pássaro que canta
E a teus ouvidos encanta
E os sentimentos reagem.
-
Sou livre para criar
Momentos de amor e paz
Amor aos rios, aos ventos
A esta vida que me apraz,
Arranjar um companheiro
que seja meu por inteiro
Sem nunca voltar atrás.
-
Sou livre para correr
Co’os filhos pelas veredas
Até a lua nascer...
Peço - te então que intercedas,
Oh, vida, depois concedas
O fim da longeva idade.
Num leito às margens do rio
Deixa descer este frio
De uma eterna liberdade!

Praia do Anil, 04/07/2014

Benedita Azevedo

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Salve, salve, Itapecuru !

Há duzentos e quinze anos
Instalou-se a freguesia,
Vinte e cinco de setembro
Foi mesmo naquele dia,
Em mil oitocentos e um
Alegria de cada um
Do povo que aqui vivia.

Dezesseis anos depois,
Oitocentos e dezessete,
Torna-se vila e requer
Em novembro o dia sete
Ainda a confirmação,
De uma  grande construção
Carta Régia assim  remete.

Dia vinte de outubro
De oitocentos e dezoito
A construção da cadeia
Com a Câmara no acoito,
O pelourinho esperou
Carta Régia promulgou.

Dia sete de abril
Mil oitocentos e trinta e cinco,
A instalação da  comarca
Chega a lei e aperta o cinto
Pra manter a segurança
E acabar com a lambança...
Acredite,  pois não minto.

Criada a 2ª Entrância
Mês de julho, vinte e três,
De oitocentos e cinquenta...
Surge  lei mais uma vez.
Com seu poder de polícia
Pra organizar a milícia
E prender lá no xadrex...

Eis que chega outro decreto,
Pra Itapecuru Mirim
E também pra Anajatuba
Pra evitar coisa ruim;
Cria o Superior Comando
Em agosto vai chegando (em)
Oitocentos  sessenta e oito.

Quase sexagenária
Com  cinquenta e três anos,
Ganha status de cidade
Já não terá mais enganos.
Dia vinte e um de julho
Com todo nosso orgulho
Pra ti todos nós cantamos.

Desde a tua concepção,
Mil oitocentos e dezoito,
E a tua gestação
Por longos  cinquenta e três anos...
Foi mais que uma estação
Contas cento noventa e oito:
Primaveras  e “verões”,
Outonos, Invernos, e muita,
História no coração.
-
Itapecuru-Mirim, julho de 2013
Benedita Silva Azevedo
-
Escrito a pedido de Jucey Santana, para o aniversário da cidade
a 21 de Julho de 2013 / atualizado em 2016


A autora é da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes -AICLA

segunda-feira, 18 de julho de 2016

trova

Meus amigos trovadores
eu sei que nem sempre posso.
Mas, a Jesus em louvores
peço luz ao dia nosso!

sábado, 16 de julho de 2016

glosa

MOTE
(A.A. de Assis)

Jesus, para nossa sorte,
fez até nós a descida.
Descendo, matou a morte
e deu-nos a eterna vida.
           
GLOSA
Benedita Azevedo

JESUS PARA NOSSA SORTE,
deu sua vida por nós.
Mesmo assim venceu a morte
ressuscitou logo após.

Viveu neste mundo quando
FEZ ATÉ NÓS A DESCIDA.
Chegou e foi nos mostrando
um belo exemplo de vida.

Mas, precisando ser forte
no Monte das Oliveiras
DESCENDO MATOU A MORTE
de variadas maneiras.

A todos deu esperança.
Desta esperança nascida
fez com o pai uma aliança
E DEU-NOS A ETERNA VIDA!

Praia do Anil, Magé - JR
Abril de 2005

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Tirando trovas da gaveta

01
Na alma de cada pessoa
reflete o bem que ela faz.
Não vamos viver  à toa
busquemos o amor e a paz!
04
Velhinhos ajoelhados
de mãos postas a rezar.
Ouvem os cantos sagrados
no Natal a festejar!
21-12-2005


02
Neste mundo, todos nós
podemos nos lamentar,
Só não deixemos a voz
da esperança se calar.
 07 – 04 – 05

05
Para que sejas feliz
observa a natureza.
Veja bem  o que ela diz
em sua eterna beleza.
 23-12-2005


03
Não pense que todo amigo
pode ser um confidente.
Às vezes fala contigo
pra entregar-te logo à frente
 20-12-2005   



06
quadra

Naquela montanha, ao longe,
há grandes fachos de luz.
Se a gente olhar com atenção
verá traços de Jesus. 





Recolhi as trovas aqui publicadas para organizá-las em livro. Um abraço!







quinta-feira, 30 de junho de 2016

Palestra + Lançamento


Caros amigos, confrades  da APALA e demais academias co-irmãs da FALARJ

No próximo dia 08 de julho, às 16:00h, à Rua Teixeira de Freitas, Nº 5, Passeio – RJ, 
farei  uma palestra na  Academia Pan Americana de Letras e Artes – APALA,
casa que tive o privilégio de presidir no triênio (2010-2012). 
Atendendo ao convite do meu caro presidente, Luiz Poeta, apresentarei:

“Vida e obra de Aluísio Azevedo, o desenhista-escritor”

Na ocasião faremos o lançamento do livro: 

HAIKAI  DOOJIN 
(amigo (a) do haicai), meu 9º livro deste gênero.
Apresentação: Sérgio Francisco Pichorim (Matsuki)

 Será uma alegria recebê-los:

Benedita Azevedo - Presidente da ACLAM

Escritora é homenageada na FLAEMA


Recebendo homenagem de Cleo Rolin, acompanhada por Elaine Azevedo

Lançamento de livros e homenagem

Volto à minha terra sempre que me é possível, para rever meus familiares, amigos e matar as saudades. Ainda tenho no Maranhão três irmãs e suas famílias, um irmão, meu filho com a família dele e muitos amigos. Além disso, em 2016, dois eventos importantes me fizeram antecipar a viagem que gosto de fazer em julho, por ter menos chuvas. Recebi o convite para a festa do centenário da minha primeira professora, Anozilda Santos Fonseca, (Santinha), que também é sogra de duas das minhas irmãs, a festa seria dia 07/06/2016.

Com dois livros novos para lançar, minha nora, a professora Elaine Azevedo, sugeriu que os laçasse na FLAEMA – “Feira do Autor e Editor maranhense”. De posse do link, fiz a inscrição e me dispus a participar de todo o evento.
Recebi a comunicação de que seria homenageada pelos organizadores antes do lançamento do meu 9º livro de haicai “HAIKAI DOOJIN” que significa “amiga do haicai”.

Mesmo estando em processo de tratamento para uma cirurgia de catarata no olho esquerdo e de ter perdido a visão do direito há mais de vinte anos, me dispus a fazer a palestra “O haicai no Brasil”. Não foi como eu esperava. Devo fazer a cirurgia em julho ou agosto.

         A convite da presidente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, Jucey Santana, para fazer algumas oficinas com os alunos da professora Samira, no Curso de Letras da UEMA e de Pedagogia da UVA, campus de Itapecuru Mirim, tivemos alguns encontros e distribuição de livros. Atividades que gosto muito para incentivar os alunos e novos escritores a ler e produzir seus próprios textos.

Precisava ver como estava o projeto da AICLA de arranjar patrocínio para publicação dos livros de seus escritores. Infelizmente,  não deu certo, então, pretendo publicar o meu ainda este ano.  Esta obra completa um ciclo de narrativas sobre a vida da personagem Lúcia.  É ambientada em Itapecuru Mirim, São Luís e Santa Catarina.

Praia do Anil, Magé – RJ
www.beneditaazevedo.com
Benedita Azevedo /presidente da ACLAM


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Minha primeira professora

Minha primeira professora

Quero expressar minha gratidão aos meus familiares, amigos e confrades pela recepção carinhosa, após quase três anos de ausência. Meu carinho à minha primeira professora, Anozilda Fonseca, que sempre me dispensou atenção especial, desde os aconselhamentos na adolescência quanto aos meus questionamentos se deveria insistir para estudar em São Luís, uma vez que, minha mãe achava muito perigoso sua menina de 15 anos  afastar-se dos pais para morar com parentes. Ela me disse:  - És uma menina ajuizada, não vejo nenhum problema em ires morar com tua tia, mas, procuras não magoar tua mãe.

Mesmo agora, aos 100 anos, após a homenagem que recebeu em Itapecuru, onde também estive presente, quando retornei à casa do meu filho, em São Luís, minha irmã, Raimunda da Silva Fonseca, esposa do confrade recém-falecido, Zezoca, me telefonou contando que dona Santinha já telefonara várias vezes pedindo que eu não deixasse de vê-la antes de viajar para o Rio de Janeiro.
Fui visitá-la na véspera da viagem. Logo que me viu, levantou-se do sofá, apoiada em seu andador e foi ao meu encontro. Abraçou-me carinhosamente, e lamentou:

- Que pena, eu queria tanto te mostrar meus cadernos, mas, não estão aqui na casa de Ana, no COAJAP... Estão lá em casa de Rita, no Turu. Eu a envolvi em meus braços, encantada com aquela mente centenária tão lúcida!

Minha irmã, que gentilmente se prontificara a me levar para visitar a sogra, perguntou à cunhada se poderia nos levar à casa de Rita e trazer de volta dona Santinha?

Lá fomos nós, Eu, Christian, D. Santinha, Raimunda e a nora, Thayane, na direção do gol vermelho. Nossa centenária companhia, logo anunciou: É nesta rua a casa de Rita. Temos de pegar as chaves com meu neto, em casa dele.

Mal entrou em casa dirigiu-se para uma estante, sentou-se no banquinho, abriu a gaveta e foi colocando em minhas mãos seus cadernos com a solicitação: - Eu quero que tu vejas se podemos publicar meus novos escritos!

Sentamos no sofá e verifiquei que já conhecia todos aqueles cadernos, desde que organizara seu livreto “Olhei a vida de perto” em 2011, quando fizera 95 anos. Naquelas relíquias ela anotou desde a adolescência, textos religiosos, cívicos, literários, lembretes, mensagens de amigos, familiares e também seus próprios textos. Diante daquele símbolo da natureza feminina, ainda desejando publicar seus trabalhos aos 100 anos, propus: - Posso levar este material para ler com calma? Depois deixo com Raimunda.

- Claro minha filha! Eu ainda queria mandar fazer mais livros daqueles que tu fizeste, para dar a algumas pessoas que não receberam! Mas, agora vamos embora que já vai escurecer!

Praia do Anil, Magé – RJ, 14/06/2016
Benedita Azevedo

BENEDITA SILVA DE AZEVEDO - 50 ANOS DEDICADOS ÀS LETRAS, EDUCAÇÃO E CULTURA

















BENEDITA SILVA DE AZEVEDO - 50 ANOS DEDICADOS ÀS LETRAS, EDUCAÇÃO E CULTURA

TRISTEZA

Que triste sina a minha neste amor
Por um homem repleto de ciúmes;
E nesta descoberta de terror,
Somava com tristeza meus queixumes.

E meu sonho desfeito me entristece
E a afronta inesperada, o desafio...
Deixando minha casa com  estresse
De retorna à casa do meu tio.

E aquele amor bonito desmorona
Pelas intrigas de quem o queria.
Descontrolado e violento ele abona
Com ação praticada em vilania.

Comovida eu os via destruindo
Minha família, pois tínhamos filhos.
O amor e o casamento já ruindo
Neste tão pouco tempo, já sem brilhos.

Tão grande o sofrimento me aniquila
E ainda se quisesse não podia,
Ficar longe dos filhos intranquila,
Sem meus filhos viver não poderia!
-
São Luís – MA, 14 de maio de 1964
Primeira poesia guardada escrita em um caderno.

Biobibliográfica

Benedita Azevedo (Benedita Silva de Azevedo) Filha de Euzébio Alberto da Silva e Rosenda Matos da Silva. Nasceu a 10 de maio de 1944, na cidade de Itapecuru Mirim - MA. Morou em São Paulo – capital,  Santa Catarina e está radicada  no Rio de Janeiro desde janeiro 1987.  Recebeu o título de cidadã Mageense em 2003. Educadora, poeta, escritora, haicaísta  antologista e ativista cultural. Formada em Letras, especialista em Educação e pós-graduada em Linguística.

I - MEMBRO EFETIVO
1.Presidente da Academia Pan-Americana de Letras e Artes, 2010-2012;
2. Presidente Fundadora da ACLAM - Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé;
3. Diretora Cultural do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, ImBrasCI/RJ
4. Academia Brasileira de Estudos e pesquisas Literárias/RJ;
5. Academia Mageense de Letras – Vice-Presidente, 2005-2006;
6. Membro fundador da Academia de Letras e Artes Lusófonas - ACLAL;
7. Patronesse da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores;
8. Poetas Del Mundo - Cônsul de Magé / RJ
9. Centro de Literatura do Forte de Copacabana / RJ
10. União Brasileira de Trovadores, sessão RJ;
11. Grêmio Haicai Ipê/SP;
12. Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas – SBPA, Mariana-MG;
13. Membro do Portal CEN, Cá Estamos Nós – Portugal;
 14. Portal BVEC - Portugal;
15. Sócia do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro.

II - MEMBRO CORRESPONDENTE
16 - Real Academia de Letras de Porto Alegre
17 - Divine Academie Française des arts Lettres et Culture/França
18 - Correspondente Honorário – Universidade Lusófona de Humanidades  e Tecnologia / Portugal
19 - Academia Portuguesa de EX – LÌBRIS /Portugal

III - MEMBRO HONORÁRIO
20 - Real Academia de Letras de Porto Alegre - Ordem da Confraria dos Poetas  /RS - Cônsul  Honorífico de Magé / RJ
21 - Academia de Letras, Artes e Ciência Brasil (ALACIL) – Mariana-MG
22 - Associação de Poetas Aldravianistas – Mariana - MG
23 - Academia de Letras e Artes de Castro / Acre
24 - Academia Internacional de Heráldica / Portugal
25 - Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro / Portugal

IV - DELEGADA 
26 - Associação Profissional de Poetas do Rio de Janeiro (APPERJ)
27 - Clube de Escritores de Piracicaba/SP.

V - PREMIAÇÃO (no mundo do haicai)
a). 1º lugar: 17º Encontro Brasileiro de haicai, Grêmio Haicai Ipê / SP, novembro/2005; 
b). 4º lugar Concurso de Haicais do 28º Festival das Estrelas  Tanabata  Matsuri / SP/2006 
c). 4º e 9º lugares, na 1ª edição do Concurso Nacional de Haicai  Caminho das Águas, Santos / SP / 2006
 d).  4º lugar na 2ª edição do Concurso Nacional de Haicai Caminho das Águas, Santos / SP / 2007
e). Menção Honrosa no 27º Concurso Literário Yoshio Takemoto de haicai / SP / 2008
f). Menção Honrosa no 1º Concurso Nacional de Haicai  Nempuku Sato, Curitiba / PR / 2008
g). 4º lugar na 4ª edição do Concurso Nacional de Haicai  Caminho das Águas, Santos / SP / 2009
h). 1º lugar na V Edição do  Concurso Nacional de Haicai  Caminho das Águas -,Santos / SP / 2011

VI - PREMIAÇÃO (Outras Áreas)
1. Diploma e a Medalha “Henrique Valadares” Rio de Janeiro/2008
2. Diploma e a Medalha Recompensa à Mulher na Maçonaria Fluminense/RL/2008
3. Prêmio Personalidade de Destaque na Literatura,

8º Fórum Cultural da Baixada Fluminense / 2009
4. X Prêmio Cultura Nacional-Talento Literário 2010 - Real Academia de Porto Alegre. Confraria dos Poetas/RS
5. Rumor das ondas-haicai recebeu da Câmara do livro a classificação de “Livro medalha de ouro 2010”
6. Medalha de Mérito Cultura “Austregésilo de Athayde, outorgada pela Academia de Letras e Artes
 de Paranapuã - ALAP /RJ/2011
7. Título de “Dama Grã-Cruz” Real Academia de Letras Prêmio Jucá  Santos, Natal / outubro de 2011
8. XI Prêmio Cultura Nacional-Ordem da Confraria dos Poetas-Brasil, Porto Alegre/RS/2011
9. Comenda Arcádia Real, Ordem da Confraria dos Poetas-Brasil/RS/2012
10. Título  de Cônsul Honorífico, Real Academia de Letras, Porto Alegre - RS/2012
11. Recebeu as Altas Insígnias da Divine Academie Française des arts Lettres et Culture,  em Belo Horizonte-MG/2012
12. Medalha Jorge Amado, pelos 6 anos de fundação do ImBrasCI,  do qual é Membro Fundador / RJ / 2012
13. XII Prêmio Cultura Nacional-Ordem da Confraria do Poetas-Brasil/2012.
14. . Seu livro “Pedras no Caminho” recebeu da Câmara do livro  a classificação “Livro Medalha de Ouro 2012” 
outorgado pela Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literária / RJ.
15.  Prêmio Cultura Nacional-Ordem da Confraria do Poetas-Brasil/2013,2014, 2015
16. Medalha Luiz Vaz de Camões -  Editora Mágico de Oz, 2015-2016


VII - OBRAS  INDIVIDUAIS
01.Marista, 60 anos a serviço da comunidade maranhense (1985);
02. Voltando a viver (2000);
03. Trajetória (2001);
04. Shena e Hércules (infantil - 2002);
05. O dia-a-dia de uma professora (2004),
06. Nas Trilhas do Haicai – poesia (2004).
07. Fatalidades da Vida (2006),
08. Canto de Sabiá – Haikai  (2006),
09. Praia do Anil – Haikai  (2006).
10. Gotas de Orvalho – Haikai  (2007)
11. Novo Desafio – Impresso  (2008)
12  Silêncio da tarde: haicai  (2010)
13  Rumor das ondas: haicai  (2010)
14- Pedras no Caminho – contos  (2012)
15- Bússola da Vida – Crônicas  (2012)
26- Benedita Azevedo- Cadeira 14 da Real Academia de letras de Porto Alegre/2012
17- Trilhas e Veredas, Contos e Causos  (2013)
18- Sem Hora Marcada, Cordel  (2013)
19- Sonho, Miragem ou Realidade, Poemas e Glosas (2013)
20- Sonetos, Sonetilhos, Aldravias e Trovas  (2013)
21-
À Sombra do Ingazeiro: Haicai  (2014)                                                                                                                                          22. Noções Elementares de versificação  (2015)                                                                                                                               
23. Haikai Doojin (2015)
24.  Maldições, Amores e Crenças  (Em parceria com Demétrio Sena (2011)
25. IKEBANA, A Arte das Flores Vivas (Haicais de Benedita Azevedo – Arranjos da portuguesa Elvira Araújo (2015)
26. O Segredo – Romance (2016) no prelo

VIII - Organizou 23 antologias (Projeto, coordenação)
01. Escritores do Colégio Estadual Mauá:  I, II e III Concursos de poesia e redação - Livros I /2002
02. Escritores do Colégio Estadual  Mauá : IV Concurso de Poesia e Redação - Livro II /2003
03. I Antologia em Prosa e Verso da Academia Mageense de Letras / 2003
04. Projeto Haicai na Escola, levando oficinas desta modalidade, às escolas/Magé/RJ/2004
05. II Antologia em Prosa e Verso da Academia Mageense de Letras/2004
06. III Antologia em Prosa e Verso da Academia Mageense de Letras/2005
07. IX Antologia da Academia Pan-Americana de Letras e Artes/2006
08. V Antologia em Prosa e Verso da Academia Mageense de Letras/2007
09. Antologia Virtual da Academia Mageense de Letras/2006
10. Antologia de haicai e oficinas, Grêmio Haicai Sabiá /2008
11.  Antologia de haicai e oficinas, Grêmio Haicai Sabiá/ 2009
12. VI Antologia em Prosa e verso da Academia Mageense de Letras / 2009
13. I Antologia do ImBrasCi, Construindo a Paz /2010
14. Revista Haikai-Com Amor, Portal CEN/Portugal/2006, 2007, 2008, 2009- do Nº 01 ao 11
15. Revista: Rio, Cá Estamos Nós /Portugal / 2008/Nº 01 e 02 / www.caestamosnos.org
16. 3ª Antologia de haicai – Grêmio Haicai Sabiá /2011
17. I Antologia do Grêmio Haicai Águas de Março (2012)
18. Antologia Virtual da AICLA – Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (2011)     
19. I  Antologia impressa da AICLA – Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (2012)                                          
20. Antologia da Academia Pan-Americana de Letras e Artes/2012   
21. I Antologia da Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé (ACLAM) 2014                                                              22. 22. II Antologia do Grêmio Haicai Águas de Março (2015)
23. IV Antologia do Grêmio Haicai Sabiá – 1ª Antologia, Encontros Virtuais “Haicai na Rede (2015)”.


IX. Antologias e Revistas onde tem trabalhos publicados
01.     “Outonos” Antologia do Calçadão da Cultura, Niterói/2001
02.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº 162 – novembro de 2003
03.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº  163 – dezembro de 2003
04.     Letras Itaocarenses – BALI -   Nº 164 – janeiro de 2004
05.     Letras Itaocarenses - BALI -  Nº 166 – março de 2004
06.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº 168 – maio de 2004
07.     Letras Itaocarenses – BALI  -  Nº 168 – junho de 2004
08.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº 171 – agosto de 2004
09.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº 173 – outubro de 2004
10.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº 175 – dezembro de 2004
11.     Letras Itao9carenses – BALI -  Nº 176 – janeiro de 2005
12.     Letras Itaocarenses – BALI -   nº 178 – março de 2005
13.     Letras Itaocarenses – BALI -  Nº 182 – out/nov. de 2005
14.     Antologia do Portal CEN / Portugal/2006
15.     Poetas do Brasil, volume 06 /Proyecto Cultural SUR – BRASIL/Bento Gonçalves/RS/2006
16.     Antologia /Poetas pela Paz e Justiça Social, volume I /2006
17.     Revista Informativa e Cultural da ALAP / RJ/2006 (Antologia de textos e Artes  Plásticas)
18.     XVI Antologia da Academia de Letras e Artes do Paranapuã / RJ / 2005 – 2006
19.     Cadernos 33 - Oficina Editores / APPERJ/2006
20.     Antologia Bienal mais / Oficina Editores / APPERJ/200
21.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 23 - nipo-brasileira/SP/2006
22.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 24 - nipo-brasileira/SP/2006
23.     Letras Itaocarenses – BALI - Nº 184 – janeiro de 2006
24.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 184 – fevereiro de4 2006
25.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 186 – março de 2006
26.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 187 – abril/maio de 2006
27.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 189 – agos./set de 2006
28.     Letras Itaocarenses – BALI - Nº 191 – outubro de 2006
29.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 192 – novembro de 2006
30.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 196 – mar/abr de 2007
31.     Letras Itaocarenses – BALI Nº 198 – jul/agos. de 2007
32.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 199 – set/out de 2007
33.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 200 – outubro de 2007
34.     Letras Itaocarenses – BALI – N] 202 – dezembro de 2007
35.     Revista Informativa e Cultural da ALAP  /RJ/2007 (Antologia de textos e Artes plásticas)
36.     Hai-Kais em setembro – Palavras Azuis, Blumenau-SC / 2007
37.     Revista Informativa e Cultural da ALAP / RJ / 2008
38.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 27 - nipo-brasileira/SP/2007
39.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 29 - nipo-brasileira/SP/2008
40.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 30 - nipo-brasileira/SP/2008
41.     Antologia da Oficina Editores /APPERJ / 2008
42.     Antologia de Poetas Del Mundo / Mato Grosso do Sul/2008
43.     III Antologia do Portal CEN / Portugal/2008
44.     XVIII Antologia Literária Internacional Roberto de Castro DEL’SECCHI /2008
45.     Antologia em Verso e Prosa – Centro de Literatura do Forte de Copacabana /RJ2008
46.     Poetas Del Mundo em poesias – Volume I /2008
47.     Perfil – APERRJ /2008
48.     II Antologia – Haicais ao Sol /SP/2008
49.     A viagem do Poema-Dois caminhos: um olhar -SESC - Exposição de São Caetano/SP/2008
50.     Introdução ao Haicai – Grêmio Haicai Ipê / SP / 2008
51.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 2006 – jul/agos de 2008
52.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 222 – dezembro de 2009
53.     Revista Informativa e Cultural da ALAP/RJ/2009 (Antologia de textos e Artes Plásticas)
54.     Poetas  pela Paz e Justiça Social, volume II / RS /2009
55.     Poetas do Brasil, volume 10 / Proyecto Cultural SUR – BRASIL/Bento Gonçalves/RS/2009
56.     Antologia em Verso e Prosa – Centro de Literatura do Forte de Copacabana / RJ /2009
57.     Perfil – APERJ /2009
58.     Academia Brasileira de Trovas / 2009
59.     Revista Acadêmica/Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias /2009
60.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 32 - nipo-brasileira, julho/SP/2009 (A vida continua...)
61.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 33 - nipo-brasileira, dezembro/SP/2009
62.     XIX Antologia Internacional Del’Secchi/2009
63.     Revista Acadêmica / Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias / 2009
64.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 34 - nipo-brasileira, março/SP/2010
65.     XX Antologia Internacional Del’Secchi/ 2010
66.     Revista Brasília / 2010
67.     Antologia Destaque Literário Brasileiro – X Prêmio Cultura Nacional/2010
68.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 36 – Nipo-brasileira, novembro/SP/ 2010
69.     Letras Itaocarenses – BALI – Nº 226 – abril de 2010
70.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 38 - nipo-brasileira, julho/SP/2011
71.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 39 - nipo-brasileira, novembro/SP/2011
72.     II Antologia de Poetas Del Mundo / 2011
73.     Poetas do Brasil, volume 12 - Proyecto Cultural Sur – Brasil/Bento Gonçalves/RS/2010
74.     Prêmio Jucá Santos – Literatura-Real Academia de Letras/RS/2011
75.     XI Prêmio Cultura Nacional – Talento Literário – Real Academia de Letras/RS/2011
76.     Poetas do Brasil, volume 14 - Proyecto Cultural Sur – Brasil/Bento Gonçalves/RS/2011
77.     XXI Antologia Internacional Del1Secchi/ Vassouras/RJ/2011
78.     Antologia: Lês Poetes Brésiliens À Paris / Paris/2011
79.     Antologia: Goga e Haicai – Um sonho brasileiro-Grêmio Haicai Ipê/SP/2011
80.     Revista Brasília / 2011
81.     Antologia Literária – Acadêmico Correspondente / Real Academia de Letras / RS / 2011
82.     Revista Acadêmica – Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias / 2012
83.     XXII Antologia Internacional Del1Secchi/ Vassouras/RJ/2012
84.     Literatura Forte de Copacabana / RJ / 2012
85.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 41 - nipo-brasileira, julho /SP/2012
86.     Antologia DEL’SECCHI volume XXII / Vassouras /RJ / 2012
87.     Palavras Sem Fronteiras / LITERARTE / 2012
88.     O livro das Aldravias / Mariana / MG / 2012
89.     XII Prêmio Cultura Nacional -Talento Literário – Real Academia de Letras/RS/2012
90.     Poesia do Brasil, volume 14 - Proyecto Cultural Sur-Brasil/Bento Gonçalves/RS/2012
91.     Revista Brasília / Janeiro de 2013
92.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 43 - nipo-brasileira, março/SP/2013
93.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 44 - nipo-brasileira, julho /SP/2011
94.     Poetas de Ouro – Real Academia de Letras/RS/2013
95.     Antologia PRINCEPS LITERARUM - Academia Maceioense de Letras/2013
96.     Antologia dos Cônsules - Real Academia de Letras/Porto Alegre/RS/2013
97.     Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 45 - nipo-brasileira, novembro /SP/2013
98.     XXIII Antologia DEL’SECCHI  Vassouras / RJ / 2013
99.     O livro II das Aldravias – Mariana – MG / 2013
100.   O livro da ALACIB – Mariana – MG /2013
101.  XIII  Prêmio Cultura Nacional -Talento Literário – Real Academia de Letras/RS/2013
102.  Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 47 - nipo-brasileira, julho /SP/2014
103.  O livro das Aldraviteias – Mariana – Mg / 2014
104.  Antologia Camões e Convidados – Mágico de Oz – Portugal /2014
105.   Antologia Florbela Espanca e convidados – Mágico de Oz – Portugal / 2014
106.  XXIV Antologia DEL’SECCHI/ Vassouras / RJ / 2014
107.   Futebol em Verso e Prosa/ Copacabana-RJ/2014
108.   Exposição Bilíngue – Encontro com poemas Nipo-Brasileiros /SP/2014
109.  XIV Prêmio Cultura Nacional -Talento Literário – Real Academia de Letras/RS/2014
110.  Revista Brasil Nikkei Bungaku Nº 48 - nipo-brasileira, novembro /SP/2014
111.  Antologia de Poetas Laureados. Comenda Ordem Internacional Ilha da Madeira (Real Academia de Letras-RS-(2015)
112.  O livro III das Aldravias – Mariana – MG / 2015
113.  Literatura Forte de Copacabana / RJ / 2015
114.  XV Prêmio Cultura Nacional -Talento Literário – Real Academia de Letras/RS/2015
115.  XXV Antologia DEL’SECCHI/ Vassouras / RJ / 2015

Autora do PROJETO HAICAI NA ESCOLA, levando a poesia às escolas, desde outubro/2004. Este PROJETO foi o embrião  dos Grêmios de Haicai Sabiá e Águas de Março. 
Tem ainda  participação  em  jornais e sites.

Produção Virtual

Revista HAIKAIcomAmor

Reviata  Rio_Cá _Estamos_ Nós (Verso e prosa)

Um Haiga

Contos, Crônicas e poesias de Benedita Azevedo
Na XIII Bienal Internacional do Rio de Janeiro

ENTREVISTAS

Aldravianistas em Portugal

Encontro Brasileiro de Haicai

Haicai no João do Rio

Entre os mestres do haicai  - no capítulo: Influências Literárias


 Benedita Silva de Azevedo
Presidente Fundadora da ACLAM - Academia e Ciências, Letras e Artes de Magé
Do Grêmi0 Haicai Sabiá - Magé/RJ
Do Grêmio Haicai Águas de Março/na cidade do Rio de Janeiro - RJ