domingo, 31 de julho de 2016

Força Positiva


Meu DEUS, creio na força positiva
que irradias sobre mim e meus filhos.
Creio também que esta força que recebo de ti
dar-me-á forças multiplicadas que atingirão a todos,
que de alguma maneira estejam ligados a mim.
Quero ser o elo de energia entre
todos que me rodeiam e o sucesso.

Todos aqueles que se deixarem contagiar com
esse entusiasmo que me transmites.
Quero dar exemplo de trabalho
para que nunca se queixem de pobreza,
pois através dele poderemos conquistar
autonomia, independência financeira e psicológica.

Não precisa ter grande sabedoria,
apenas uma boa dose de coragem
para adquirir alguma habilidade,
mesmo bem simples, tais como: costurar,
bordar, fazer crochê, tricô, cozinhar,
pescar, construir, plantar, escrever, cantar
e tantas outras que estejam de acordo
com a competência de cada um.

Juntando alguma habilidade com
entusiasmo e um objetivo a atingir,
qualquer pessoa poderá ser um vencedor.
Precisamos tirar proveito da crise
e aprender a andar com as próprias pernas.

Não adianta malhar o governo ou quem quer que seja
e ficar de braços cruzados.                           
Faça a sua parte, a sua independência como pessoa,
como sujeito da sua própria história.
Não deixemos que os desígnios de nossa vida
sejam ditados por outrem.

Pegue a sua habilidade, aquela de que mais gostar,
que o realize, e seja dono da sua vontade
e único responsável pelo seu sucesso ou fracasso.
Não transfira para os outros
o direito e o  dever de torna - lo feliz.
                                                                
Todos nós temos essa capacidade
é só querer de verdade.                                                                      
Às vezes precisamos dar um passo atrás
para impulsionar uma ideia, um projeto,
mas,  nunca capitular diante da intransigência.

Rio de Janeiro, 04/05/89


(No período de 1987/90, ao vir para o Rio de Janeiro, tive de desempenhar várias atividades, até retornar à sala de aula. Nesta data acordei no meio da noite e escrevi este texto)

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Dia 25/07 dia do escritor



Saudações
a todos escritores de língua portuguesa,
especialmente, a meus amigos e participantes
das instituições a que pertenço.
-
Benedita Azaevedo


terça-feira, 26 de julho de 2016

3º Encontro musical de Itapecuru


Ao ler este anúncio lembro
Da festa de cinquenta e oito
Lá na casa de Ciló.
Meu coração muito afoito
Lá no meio do salão
Irmãs e cunhado irmão
Não tinha ainda dezoito.

A banda dos Araújos
Era só animação
O cordão de carnaval
Formou-se em meio ao salão
Ali toda a sociedade
Prefeito e comunidade
Gritavam pela nação.

O Brasil é campeão!
Homens, mulheres, crianças
Num só grito ali pulavam,
E hoje as minhas lembraças
Ao ler esta propaganda
Fez-me ouvir aquela banda
Uma das minhas heranças.

Pois na longa caminhada
Depois dos meus quinze anos
Por este país afora,
Heranças e desenganos
Sempre voltam, e a saudade
É maior, daquela idade,
Quando lembro dos meus manos.

Mas também daquelas bandas
De música e os dobrados
Que seguiam procissões
E os andores carregados.
O terceiro festival
Lembra-me o “regional”
Daqueles tempos passados.

Minha querida cidade
Itapecuru - Mirim.
Daquela jovem idade
sinto saudades de mim!

Benedita Azevedo
Rio, 20/07/2014

sábado, 23 de julho de 2016

Itapecuru, minha terra

Benedita Azevedo

Minha terra mais querida
fica lá no Maranhão.
Andei tanto nesta vida,
mas, lá está meu coração.

Quando meus olhos abri
debaixo do palmeiral,
meus pais andavam ali
no meio do arrozal.

O cheiro de peixe assado
no braseiro da cozinha,
hoje me leva ao passado
e lembra  minha mãezinha.

Com tantos filhos à mesa
boquinhas para comer,
caprichava a sobremesa
com sucos para beber.

Mais tarde já na escola
despertei para a leitura.
Carregava na sacola
os livros de aventura.

Mas, também a poesia
tomava meu pensamento.
“Meus oito anos”  já trazia
de Casimiro meu alento.

Com Iracema de exemplo
ficava eu a sonhar.
Nos braços de seu Martin
que veio de além mar.

Mas, também, eu e Cecy
tínhamos nosso herói.
Sonhávamos com Peri
que só maldades destrói.

De Romeu e Julieta
achava um desperdício,
deixarem que os capetas
tirassem  suas vidas no início.

Os livrinhos de cordel
falando de Lampião,
rimavam com bacharel
sonho do pai pra meu irmão.

Meu Rio Itapecuru
companheiro, confidente
e a palmeira babaçu
pra mim pareciam gente.

Ao murmurar do banzeiro
meu rio falava comigo.
Co’o sabiá o dia inteiro
palmeiras  ouvem o amigo.

De meus pais e meus irmãos
uma  saudosa alegria.
Da minha avó e meus tios
lembrança que acaricia.

Lá do meu grupo escolar
de colegas professores,
como extensão do meu lar
descobri novos  valores.

Meu coração inocente
ao deixar a minha terra,
era de uma adolescente
querendo subir a serra.

E vislumbrar lá do alto
e sob a luz do saber,
sua terra dá um salto
dá cultura pra beber.

Através da  academia
vai se descobrindo a glória
que de longe existia.
Só precisa que a história...

Abra as asas para o estudo
não somente do passado,
mas das manifestações
pelo presente abraçado.
Estimulando os confrades
a mostrar capacidades
 lá deixando seu legado.

Praia do Anil, 24/07/2016 à 01:04
Benedita Azevedo



Eterna liberdade

Eterna Liberdade

Sou livre tal qual o vento
Que sibila na pastagem
Tal queda de cachoeira
Ou trepadeira ramagem;
Tal o pássaro que canta
E a teus ouvidos encanta
E os sentimentos reagem.
-
Sou livre para criar
Momentos de amor e paz
Amor aos rios, aos ventos
A esta vida que me apraz,
Arranjar um companheiro
que seja meu por inteiro
Sem nunca voltar atrás.
-
Sou livre para correr
Co’os filhos pelas veredas
Até a lua nascer...
Peço - te então que intercedas,
Oh, vida, depois concedas
O fim da longeva idade.
Num leito às margens do rio
Deixa descer este frio
De uma eterna liberdade!

Praia do Anil, 04/07/2014

Benedita Azevedo

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Salve, salve, Itapecuru !

Há duzentos e quinze anos
Instalou-se a freguesia,
Vinte e cinco de setembro
Foi mesmo naquele dia,
Em mil oitocentos e um
Alegria de cada um
Do povo que aqui vivia.

Dezesseis anos depois,
Oitocentos e dezessete,
Torna-se vila e requer
Em novembro o dia sete
Ainda a confirmação,
De uma  grande construção
Carta Régia assim  remete.

Dia vinte de outubro
De oitocentos e dezoito
A construção da cadeia
Com a Câmara no acoito,
O pelourinho esperou
Carta Régia promulgou.

Dia sete de abril
Mil oitocentos e trinta e cinco,
A instalação da  comarca
Chega a lei e aperta o cinto
Pra manter a segurança
E acabar com a lambança...
Acredite,  pois não minto.

Criada a 2ª Entrância
Mês de julho, vinte e três,
De oitocentos e cinquenta...
Surge  lei mais uma vez.
Com seu poder de polícia
Pra organizar a milícia
E prender lá no xadrex...

Eis que chega outro decreto,
Pra Itapecuru Mirim
E também pra Anajatuba
Pra evitar coisa ruim;
Cria o Superior Comando
Em agosto vai chegando (em)
Oitocentos  sessenta e oito.

Quase sexagenária
Com  cinquenta e três anos,
Ganha status de cidade
Já não terá mais enganos.
Dia vinte e um de julho
Com todo nosso orgulho
Pra ti todos nós cantamos.

Desde a tua concepção,
Mil oitocentos e dezoito,
E a tua gestação
Por longos  cinquenta e três anos...
Foi mais que uma estação
Contas cento noventa e oito:
Primaveras  e “verões”,
Outonos, Invernos, e muita,
História no coração.
-
Itapecuru-Mirim, julho de 2013
Benedita Silva Azevedo
-
Escrito a pedido de Jucey Santana, para o aniversário da cidade
a 21 de Julho de 2013 / atualizado em 2016


A autora é da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes -AICLA

segunda-feira, 18 de julho de 2016

trova

Meus amigos trovadores
eu sei que nem sempre posso.
Mas, a Jesus em louvores
peço luz ao dia nosso!

sábado, 16 de julho de 2016

glosa

MOTE
(A.A. de Assis)

Jesus, para nossa sorte,
fez até nós a descida.
Descendo, matou a morte
e deu-nos a eterna vida.
           
GLOSA
Benedita Azevedo

JESUS PARA NOSSA SORTE,
deu sua vida por nós.
Mesmo assim venceu a morte
ressuscitou logo após.

Viveu neste mundo quando
FEZ ATÉ NÓS A DESCIDA.
Chegou e foi nos mostrando
um belo exemplo de vida.

Mas, precisando ser forte
no Monte das Oliveiras
DESCENDO MATOU A MORTE
de variadas maneiras.

A todos deu esperança.
Desta esperança nascida
fez com o pai uma aliança
E DEU-NOS A ETERNA VIDA!

Praia do Anil, Magé - JR
Abril de 2005

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Tirando trovas da gaveta

01
Na alma de cada pessoa
reflete o bem que ela faz.
Não vamos viver  à toa
busquemos o amor e a paz!
04
Velhinhos ajoelhados
de mãos postas a rezar.
Ouvem os cantos sagrados
no Natal a festejar!
21-12-2005


02
Neste mundo, todos nós
podemos nos lamentar,
Só não deixemos a voz
da esperança se calar.
 07 – 04 – 05

05
Para que sejas feliz
observa a natureza.
Veja bem  o que ela diz
em sua eterna beleza.
 23-12-2005


03
Não pense que todo amigo
pode ser um confidente.
Às vezes fala contigo
pra entregar-te logo à frente
 20-12-2005   



06
quadra

Naquela montanha, ao longe,
há grandes fachos de luz.
Se a gente olhar com atenção
verá traços de Jesus. 





Recolhi as trovas aqui publicadas para organizá-las em livro. Um abraço!